IA, computação em nuvem e mais: como a infraestrutura digital se tornou uma oportunidade única de investimento
21 de outubro de 2025

21 de outubro de 2025
Em julho, a Meta anunciou ao mercado um investimento monumental: de acordo com seu fundador e CEO, Mark Zuckerberg, a empresa vai direcionar "centenas de bilhões de dólares" à construção de uma nova geração de data centers voltados à inteligência artificial, em busca de criar uma superinteligência, que supere os humanos em diversas tarefas[1].
O volume de recursos é tão expressivo quanto a ambição do projeto: os complexos, alguns com capacidade de até 5 gigawatts, serão distribuídos globalmente, e um deles sozinho ocupará uma área comparável à de uma parte significativa de Manhattan (famoso distrito de Nova York[2].
O anúncio não está solto no tempo e no espaço: pelo contrário, reflete um cenário efervescente de transformação, em que a infraestrutura digital está se tornando um novo alicerce da economia mundial.
Isso ocorre, entre outros fatores, porque o avanço da inteligência artificial e da computação em nuvem, que são essenciais para a aceleração da inovação e da produtividade, depende de uma base física robusta, capaz de processar volumes colossais de dados em tempo real, com confiabilidade, velocidade e segurança.
Nesse contexto, a necessidade de contar com novos data centers entra em um patamar totalmente diferente. De acordo com a McKinsey, a demanda global por capacidade computacional provida por essas infraestruturas deve crescer entre 19% e 22% ao ano até 2030. Isso representa uma evolução dos atuais 60 gigawatts para até 219 gigawatts - ou 298 GW, caso se materialize um cenário mais acelerado também monitorado pela consultoria[3].
Ainda segundo a McKinsey, para dar conta dessa escalada, o mundo precisará construir, em menos de uma década, o dobro de tudo o que foi desenvolvido desde o início dos anos 2000. Cerca de 70% dessa nova capacidade será dedicada exclusivamente a cargas de trabalho de IA, o que indica uma mudança estrutural na natureza da demanda por infraestrutura digital3.
A corrida tecnológica vem acompanhada por cifras igualmente impactantes. A expectativa é que, até o fim da década, sejam necessários US$ 6,7 trilhões em investimentos globais em data centers, dos quais US$ 5,2 trilhões serão direcionados à IA e US$ 1,5 trilhão à infraestrutura de TI tradicional. Em um cenário de expansão mais intensa, os aportes podem ultrapassar US$ 7,9 trilhões[4].
Esses números revelam a magnitude da transformação em curso e sinalizam uma janela de oportunidade para investidores que buscam ativos com alto potencial de valorização, fundamentos sólidos e baixa correlação com o mercado financeiro tradicional.
Energia limpa e incentivos: o protagonismo da América Latina
Na América Latina, o cenário é especialmente promissor. Um relatório do escritório White & Case projeta que o mercado local pode dobrar de tamanho, saltando de US$ 5‐6 bilhões em 2023 para até US$ 10 bilhões em 2029[5].
A defasagem atual em matéria de infraestrutura digital também evidencia o espaço para crescimento: a região representa 7% do tráfego global de dados, mas detém apenas 2% da capacidade instalada[5].
Outro fator que torna a região atrativa para a instalação de novos data centers é a sua abundância de energia limpa - o que permite enfrentar um dos principais desafios dos data centers de hiperescala, a alta demanda energética, com responsabilidade e segurança.
Vale lembrar que a matriz energética da América Latina é composta por cerca de 67% de fontes renováveis e possui potencial adicional superior a 100 GW - um cenário único para viabilizar esse tipo de infraestrutura em escala[6].
Somando um ambiente regulatório em amadurecimento, incentivos à inovação e uma crescente atenção global à viabilidade e estabilidade operacional, a América Latina se posiciona como um destino estratégico para novos projetos de infraestrutura digital.
Infraestrutura digital no portfólio dos investidores
A tendência de surgimento de novos data centers não é um tema que toca apenas o setor de tecnologia. O contexto de grande necessidade de capital das empresas para viabilizar suas novas infraestruturas digitais abre oportunidades para investidores de longo prazo – especialmente aqueles que buscam novas avenidas de diversificação.
Para capturar essas oportunidades, no entanto, os investidores precisarão contar com gestores profissionais que tenham conhecimento aprofundado sobre o mercado de infraestrutura como um todo, e compreendam as especificidades técnicas, regulatórias e operacionais da infraestrutura digital. A complexidade dos projetos, o volume dos investimentos e a necessidade de longo prazo exigem especialização e capacidade de execução em alto nível.
O Patria Investimentos, por exemplo, está atento a essa transformação. Líder em investimentos alternativos da América Latina e com experiência consolidada em infraestrutura e ativos reais, a gestora atua para conectar investidores a oportunidades reais e sustentáveis nesse novo ciclo de expansão, aproveitando os vetores de crescimento que estão moldando o futuro da economia global.
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[1] https://www.infomoney.com.br/mercados/meta-vai-investir-centenas-de-bilhoes-de-dolares-em-superinteligencia-diz-zuckerberg/
[2] https://oglobo.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2025/07/14/zuckerberg-diz-que-vai-lancar-uma-serie-de-data-centes-gigantescos-para-impulsionar-esforcos-em-ia.ghtml
[3] https://www.mckinsey.com/industries/technology-media-and-telecommunications/our-insights/ai-power-expanding-data-center-capacity-to-meet-growing-demand
[4] https://www.mckinsey.com/industries/technology-media-and-telecommunications/our-insights/the-cost-of-compute-a-7-trillion-dollar-race-to-scale-data-centers
[5] https://www.bloomberglinea.com.br/negocios/de-patria-a-i-squared-investidores-apostam-em-data-centers-no-brasil-com-avanco-da-ia/
[6] https://www.datacenterdynamics.com/br/not%C3%ADcias/patria-investments-lan%C3%A7a-omnia-plataforma-de-data-centers-hiperescala-para-a-am%C3%A9rica-latina/
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