Por que chegou a hora de incluir a infraestrutura em sua estratégia de diversificação de investimentos?
25 de novembro de 2025

25 de novembro de 2025
Quem acompanha o noticiário econômico já sabe: um dos principais desafios na agenda de desenvolvimento do Brasil é a superação das deficiências de infraestrutura. E isso pode levar a um aumento substancial nos investimentos nessa área nos próximos anos.
De acordo com estudo da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), por exemplo, o Brasil ampliou sua alocação de recursos em infraestrutura em cerca de 15% em 2024, para R$ 260 bilhões, ante R$ 213 bilhões em 2023. Mesmo assim, esse valor precisaria mais do que duplicar, ao longo de dez anos, com um acréscimo de R$ 270 bilhões anuais, para alcançar um nível satisfatório em setores como energia, logística, saneamento e telecomunicações[1].
Esse contexto de expansão, se materializado, vai exigir uma diversidade ainda maior de estratégias de captação de recursos e, por consequência, criar oportunidades para investidores que buscam diversificar suas carteiras em busca de uma relação mais favorável entre risco e retorno no longo prazo. Os investimentos na classe ativos de infraestrutura são bastante versáteis: podem ocorrer diretamente por meio de títulos de dívida específicos, como debêntures incentivadas; ou por meio de fundos, que alocam recursos em uma carteira diversificada de ativos do setor.
Entre os tipos de fundos estão os FI-Infras, que investem em uma cesta de papéis de infraestrutura; e os FIP-IEs, que consideram em sua estratégia tanto dívidas quanto participação em projetos de infraestrutura. Ambos podem ser listados em bolsa de valores.
Embora cada opção tenha as suas particularidades, os projetos de infraestrutura, de maneira geral, contam com atributos que tornam a classe de ativos uma opção bastante atrativa para diversificação de investimentos.
Para facilitar o trabalho de quem está começando a considerar o setor na sua estratégia, destacamos abaixo sete desses atributos!
1. Fluxo de caixa estável e previsível
Projetos de infraestrutura, como rodovias, aeroportos, saneamento e sistemas de geração e distribuição de energia, tendem a gerar fluxos de caixa recorrentes e previsíveis, principalmente quando há contratos de longo prazo ou concessões. Isso cria uma base estável de receitas para os projetos investidos pelos fundos, viabilizando a distribuição de rendimento aos investidores e tornando o fundo atraente para quem busca uma alocação focada em rendimentos.
Em geral, os projetos de infraestrutura são menos voláteis em comparação com outros ativos, como ações de empresas privadas ou cotas de fundos imobiliários. A demanda por serviços essenciais, como energia, água, transporte e telecomunicações, tende a ser constante, independentemente de ciclos econômicos, o que proporciona maior estabilidade.
3. Incentivos fiscais
Governos frequentemente oferecem incentivos fiscais ou contratos atraentes para atrair capital privado para projetos de infraestrutura, devido ao impacto positivo no desenvolvimento econômico. Isso pode incluir garantias de receita mínima, isenções fiscais e condições vantajosas de financiamento.
Muitos contratos de infraestrutura, como os de concessões públicas ou parcerias público-privadas (PPPs), incluem mecanismos de reajuste de tarifas atrelados à inflação. Isso permite que o investidor mantenha o poder de compra de seus rendimentos, protegendo o capital investido contra variações inflacionárias.
5. Diluição do risco
Alocar recursos em infraestrutura permite ao investidor diversificar suas aplicações em ativos de longo prazo, que não estão diretamente correlacionados com os mercados de ações e títulos. Isso reduz o risco total do portfólio, especialmente em momentos de incerteza econômica.
Por serem essenciais ao funcionamento da sociedade, os ativos de infraestrutura com frequência contam com uma demanda estável. Além disso, costumam formar “monopólios naturais”, já que os ativos como rodovias, geradores de energia e saneamento básico, entre outros, não competem diretamente entre si como no mercado convencional. A dinâmica de receitas e despesas é ditada, principalmente, por um contrato de longo prazo e alta previsibilidade.
Além da expectativa de retorno financeiro, o investimento em infraestrutura pode gerar impacto social positivo ao melhorar a qualidade de vida da população e fortalecer o desenvolvimento sustentável. Isso torna o investimento mais atraente para investidores que buscam alinhar seu capital com critérios ambientais, sociais e de governança (ESG).
O Patria é uma gestora de investimentos especializada em ativos alternativos. Por isso, atua em diversos mercados, como os de private equity, crédito, real estate, public equities e outros. Desde 2006, conta também com uma vertical especializada em infraestrutura, que se concentra em investir em ativos relacionados ao setor para solucionar gargalos estruturais na América Latina[2].
Nossa estratégia na área inclui fundos com foco em desenvolvimento, voltados ao ganho de capital; fundos que investem em ativos de infraestrutura maduros, para gerar fluxo de caixa operacional e recorrente e rendimento estável; e fundos de crédito, que proporcionam financiamento de longo prazo para projetos do setor em fase de desenvolvimento.
Entre os produtos nessa classe de ativos estão os FIP-IEs PICE11 e o PIER11, que investem em ativos do setor de energia, mais especificamente dos subsetores de geração e transmissão de energia. Além disso, o FI-Infra PRIF11, que foi listado na bolsa neste ano, tem como tese de investimento a alocação em debêntures incentivadas de infraestrutura (Lei 12.431).
Para saber mais sobre investimentos alternativos, fique atento à seção Insights do nosso site institucional e siga nossos canais nas redes sociais.
[1] Livro Azul da Infraestrutura – Edição 2024. Disponível em https://www.abdib.org.br/wp-content/uploads/2024/12/Livro-Azul-da-Infraestrutura-2024-ABDIB-pg-a-pg-3.pdf
[2] https://www.patria.com/pt-BR/infraestrutura/